quarta-feira, 30 de março de 2016

O Efeito do Populismo Fiscal e Cambial no Governo Dilma I

O efeito do populismo fiscal e cambial no governo Dilma I

         
        Para se manter no poder Dilma quebrou o país efeito do populismo fiscal, o qual se evidenciou quando a Receita Líquida total cresceu 33,07% ante ao incremento da despesa total em 64,34% de 2015 ante 2010 e, portanto com essa dinâmica no crescimento do gasto o Banco Central teve que intervir no mercado realizando operações de swaps cambiais para segurar o dólar resultando em uma forte apreciação cambial no período de 2010 a 2014.
      Observa-se que de 1995 a 2015 o volume de exportação totalizou o montante de US$ 2,713 trilhões efeito do boom do preço das commodities e que serviu para financiar um volume de importações de US$ 2,424 trilhões e de serviços e rendas no montante de US$ 1,020 trilhão. 
        A média do volume das exportações foi de US$ 49,3 bilhões para uma média de volume de importações de US$ 55,1 bilhões e de um volume de serviços e rendas no montante de US$ 23,1 bilhões de 1995 a 1999. No que se refere ao período de 2000 a 2002, a média do volume das exportações foi de US$ 58 bilhões para uma média de volume de importações de US$ 54 bilhões e de um volume de serviços e rendas no montante de US$ 24,7 bilhões. Considerando o período de 2003 a 2006, evidencia-se o efeito China através do aumento do preço das commodities resultando em uma média do volume das exportações foi de US$ 106,4 bilhões para uma média de volume de importações de US$ 70,2 bilhões e de uma média de um volume de serviços e rendas no montante de US$ 29,2 bilhões.

        Com a crise mundial evidenciam-se os efeitos combinados China e do tsunami monetário resultando no aumento da média do volume de exportações de 2007 a 2010 no montante de US$ 178,5 bilhões correlacionados a um volume das importações no montante de US$ 152,1 bilhões e de serviços e rendas no montante de US$ 63,1 bilhões. No tocante ao período de 2011 a 2015, constata-se o efeito do populismo fiscal e cambial combinada a explosão do crédito em % do PIB em razão que o volume médio das exportações foi de US$  230,7 bilhões impactando em média de volume das importações no montante de US$ 219,4 bilhões e uma média de volume de serviços e rendas no montante de US$ 92,1 bilhões. Destaca-se, ainda, que com o colapso da renda do brasileiro e queda abissal do preço das commodities  observou-se uma redução significativa das exportações de 15,72%  resultando em uma redução abissal das importações em 25,27% e do volume de serviços e rendas em 20,92%.  

              E depois os defensores de Dilma vem avaliar que não têm golpe ? O golpe ocorreu com o marketing de João Santana prometendo um país rumo ao crescimento econômico quando o país já estava na trajetória do Brasil Titânic com destruição do PIB em US$ 805 bilhões de 2015 ante 2011 impactando no colapso da base tributária dos impostos vinculados a produção, a renda, consumo e lucros.
                                                                                                                          

O colapso da economia brasileira efeito da Ponte para o Inferno ( Trecho do livro Dívida Pública, Pobreza e Sangue - Capítulo Insustentabilidade da política macroeconômica pós Plano Real)



O colapso da economia brasileira efeito da Ponte para o Inferno ( Trecho do livro Dívida Pública, Pobreza e Sangue - Capítulo Insustentabilidade da política macroeconômica pós Plano Real)



Não é colapso da confiança na economia brasileira fator determinante para o atual cenário de depressão econômica, mas um modelo de insustentabilidade da politica fiscal, a qual gerou aumento de despesa com reduzido acréscimo de investimento do setor público em % do PIB e que forçou o Banco Central a ficar brincando de câmbio e alta taxa de juro real para manter a inflação baixa para padrões brasileiros.

Com base nos dados disponibilizados da consolidação das contas pública, evidenciamos o efeito do modelo de insustentabilidade da política macroeconômica sem um ajuste fiscal sólido, pois reduziu a capacidade do setor público de investir em infraestrutura no longo prazo em razão de que em 2000 correspondeu a R$ 27,4 bilhões (2,29% do PIB) correlacionado a uma despesa total de R$ 488,9 bilhões (40,78% do PIB) e que passou para um investimento correspondente a R$ 153,2 bilhões (2,70% do PIB) para uma despesa total de R$ 2,626 trilhões (46,18%) em 2014. Ou seja, depois da farra dos empréstimos aos Estados no montante de R$ 120 bilhões pós crise mundial e dos investimentos do PAC reflete no acelerado processo de descapitalização e necessidade de contingenciamento dos investimentos para manter a falácia de ajuste fiscal.

Ressalta-se, ainda,que excluída a despesa com a amortização / refinanciamento da dívida do Tesouro no montante de R$ 344,9 bilhões (28,76% do PIB) em razão de não resultar efetivamente em gasto, mas atua como fator principal para gerar pressão para o crescimento do estoque da dívida pública.

Excluída a despesa com a amortização / refinanciamento da dívida do Tesouro no montante de R$ 808,5 bilhões (14,22% do PIB) em 2014. Assim, evidenciamos que em 2000 a despesa com refinanciamento da dívida correspondia a 2 vezes considerando em % do PIB ao exercício de 2014.

Os políticos criaram o maior sistema de corrupção efeito do financiamento da dívida pública e agora o PMDB vem agora com a solução da Ponte para o Futuro e por incrível que pareça é a única forma do país sair da trilha da Ponte para o Inferno destruindo PIB, empregos , renda e a trajetória apocalíptica e que resultaria no risco cada vez maior do calote da dívida púbica cada vez. .

Fonte da foto : http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2015/10/propostas-para-tempos-de-crise.html

quinta-feira, 24 de março de 2016

Brasil Continuará Trilhando Pela Ponte Para o Inferno Até Quando ?

              Brasil continuará trilhando pela Ponte para o Inferno até quando ?

   Desde a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil trilha o caminho da Ponta para o Inferno em razão da insustentabilidade da politica fiscal efeito das altas vinculações da receita a despesa. Ressalta-se, ainda, que mesmo com a decisão do falso caçador de marajás de confiscar a poupança foi capaz de interromper a trajetória da dinâmica da pressão inflacionária.

     Com o Plano Real ao invés de enfrentar o problema da insustentabilidade da politica fiscal o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) preferiu adotar os instrumentos de alta taxa de juro real para atrair um volume significativo de capital e, portanto o efeito foi devastador sobre as contas externas resultado da farra dos importados, crescimento do Passivo Externo e o incremento perverso da dinâmica da dívida pública.

     Em 1997, FHC tomou a decisão de desvincular o salário mínimo das demais faixas da Previdência Social do setor privado e o resultado possibilitou o então ex-Presidente Lula criar a farsa da redução da pobreza através da política de valorização do salário mínimo em razão que só impactaria no longo prazo as contas da Previdência. A título de análise a despesa da Previdência do setor privado era de R$ 47 bilhões (4,9% do PIB) em 1997 para 17 milhões de aposentados e passou para R$ 436,1 bilhões (7,7% do PIB) em 2015 para 32 milhões de aposentados.

    Assim, evidencia-se que ao longo do tempo a política macroeconômica estruturalista do subdesenvolvimento econômico efeito da insustentabilidade da politica fiscal resultou na necessidade do Banco Central para reduzir a dinâmica da pressão inflacionária utilizar os instrumentos de câmbio sobre apreciado excessivamente ou valorizado e alta taxa de juro real e o resultado foi a destruição do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a semi estagnação do crescimento do PIB de 1994 a 2013. 

  Destaca-se, ainda, que com o efeito do populismo fiscal e cambial do Governo Dilma I combinada a explosão do crédito em % do PIB pós crise mundial de 25% do PIB em 2007 para 52% do PIB em 2015 o país entrou em trajetória de colapso do PIB efeito da destruição em US$ 805 bilhões de 2015 ante 2011 impactando na destruição da base tributária de impostos vinculados a produção, renda, lucros e consumo.

Nesse contexto, os Ministros da Fazenda em governos anteriores foi inovando na condução da política fiscal no sentido de gerar superávit primário em % do PIB sob a falácia de criar condições para a sustentabilidade da dívida pública. Primeiro, superestimando a receita e depois contingenciava investimento; segundo retirando investimento do cálculo para atingir a meta fiscal e agora de forma hilária com a estimativa de frustração de receitas estimada em R$ 70 bilhões o então Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, pede permissão para gerar um rombo de R$ 96 bilhões efeito da frustração da significativa receita ?

  Até quando a sociedade vai continuar passivamente aceitando governos perdulários para se manterem no poder se utilizando do populismo fiscal, pois desse déficit primário R$ 50 bilhões é efeito do aumento do salário mínimo impactando nas contas da Previdência Social. Ou seja, em uma economia em trajetória de perda nos últimos 12 meses de 1,7 milhão de empregos e com o governo confiscando a renda com defasagem da tabela do Imposto de Renda Pessoas Física em 70% e os lucros com redução de 7% de janeiro ao segundo decêndio de marco de 2016 ante o mesmo período de 2015 ao invés de acabar com a farra do dinheiro público e, portanto é decisiva a aprovação imediata do Programa da Ponte para o Futuro.


  Nesse contexto, evidencia-se que com a planilha da Oderbrecht foi institucionalizado o sistema de corrupção envolvendo todos Paridos, entretanto pior do que essa revelação da Operação Lava Jato é descobrir que nunca existiu um Brasil Rico para Todos, mas a cada dia que passa a realidade é um Brasil Pobre para Todos efeito principalmente do nosso sistema endógeno de corrupção através do financiamento da dívida pública, o qual desviou recursos em R$ 500 bilhões em despesa de juros em 2015 e segue se retroalimentando com mais um déficit primário de R$ 96 bilhões em 2016.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Por Que Aumentam Cada Vez Mais as Tensões Sociais ?

Por que aumentam cada vez mais as tensões sociais ?
O Brasil rico para todos foi sempre uma falácia, mas o Brasil pobre cada vez mais é uma realidade. A incompetência de Dilma resulta na ampliação significativa da destruição das bases tributária de renda, lucros e produção.
Considerando o acumulado de janeiro ao segundo decêndio de março de 2016 o desempenho da arrecadação do IRPF bruto foi um acréscimo de 8,72% combinada ao acréscimo das restituições do IRPF em 213,87% resultando em um aumento da arrecadação líquida de 1,63%. Destaca-se, ainda,que o governo Dilma vem confiscando a renda com uma defasagem da tabela do IRPF em 70%, ou seja, segurar as restituições do Imposto de Renda impactaram no combalido caixa do Tesouro significativamente em razão que estas são corrigidas a Taxa Selic.
Por outro lado, o desempenho da arrecadação bruta do IRPJ é uma redução de 7,19% combinada a uma redução da restituição de IRPJ de 71,01% resultando em um acréscimo líquido de 2,07%.
No que se refere as multas foi uma redução de 66,11% resultando em uma redução total do Imposto de Renda em 3,29%.
Considerando a arrecadação do IPI é uma queda de 13,29% em razão do colapso na venda de veículos.
Nesse contexto, o desastre da politica do governo Dilma se evidencia com uma destruição da base tributária dos impostos vinculados a produção, renda, lucros e consumo combinada a manutenção da farra do dinheiro público efeito da alta vinculação da receita a despesa.
Vale destacar que, 3.500 municípios têm um alta dependência em relação aos repasses das transferências do Fundo de Participação dos Municípios e o Estado de Alagoas tem uma dependência estrutural de 40,65% da Receita Corrente Líquida vinculada ao FPE.
Enquanto Dilma e o Congresso Nacional brincam de governar o país entrará em um processo de convulsão social cada vez maior em razão do aumento da perda de empregos e da ausência de recursos para financiar as despesas de Educação e Saúde.





terça-feira, 8 de março de 2016

Uma Homenagem às Mulheres Economistas


Uma homenagem às Mulheres Economistas


Por Evelyn Nagaoka*


Hoje é o comemorado o Dia Internacional da Mulher, que surgiu quando operárias de uma fábrica de Nova Iorque começaram a luta por melhorias nas condições de trabalho e equiparação com os salários dos homens, em 1857.



Desde então, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço na sociedade e, como não poderia deixar de ser, no mercado de trabalho. Entre elas estão, atualmente, algumas representantes economistas e, como os economistas que somos ou seremos, é natural que desejemos homenagear essas representantes numa data tão simbólica.



1-Janet Yellen


A primeira delas é Janet Yellen, que no ano de 2014 se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente do FED (Federal Reserve), o banco central americano, em fevereiro de 2014. No mesmo ano, foi considerada pela Forbes como a 2ª mulher mais influente do mundo e, nos próximos anos, fará o papel de uma peça importante ao definir os caminhos que a economia mundial seguirá nos próximos anos. Isso porque, segundo a Forbes, sua lista de tarefas é liderada pela tarefa de restaurar o sonho americano: ela será responsável por reestruturar o programa de estímulos monetários previamente implantados por Ben Bernanke, que aumentaram o desemprego no país e fizeram com que o sonho americano fosse esquecido.


No texto publicado pela Time, Christine Lagarde, que também está em nossa lista, diz que se suspirou e sorriu quando Janet assumiu o posto, pois se sentiria menos sozinha nas reuniões em que normalmente “haviam muito poucas saias”. No mesmo texto, ela diz que têm muito em comum: a preocupação pelo desemprego, a crença de que consenso funciona melhor que confronto, a forte determinação de não enxergar a crise (que começaram a superar) acontecendo novamente, e a convicção de que podem fazer algo em relação a isso.


Ela ainda completa que ficou feliz pela nomeação não somente porque Janet é uma mulher conquistando espaço, mas porque sua conquista foi recebida sem alarde, pois todos concordavam que ela era a melhor escolha para o cargo. O fato de ser uma mulher não foi decisivo, apenas aconteceu.




2-Christine Lagarde


Christine é a 4ª mulher mais influente do mundo, segundo lista da Forbes de 2014. Apesar de não ter se formado realmente em Economia, é a primeira mulher a assumir o cargo de diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), estando então à frente da organização financeira de 188 países. No cargo, Christine tem pressionado para que os responsáveis pela criação de políticas tomem medidas mais ousadas a fim de investir em infraestrutura e criar empregos.


Antes disso, Lagarde foi integrada ao governo francês em 2005 como Ministra de Comércio Exterior, passando para o cargo de Ministra de Agricultura e Pesca em 2007 e, depois, a primeira mulher a se tornar Ministra de Economia e Finanças de um país do G-7. Em 2008, foi ainda presidente do ECOFIN Council, que contempla todos os Ministros de Economia e Finanças da União Europeia.

Como membro do G-20, Christine se envolveu na administração da crise financeira e, ao presidir o G-20, lançou uma agenda para reformar o sistema monetário internacional.





3-Ngozi Okonjo-Iweala

Ngozi Okonjo-Iweala é a atual Ministra das Finanças da Nigéria, país que agora é a maior economia da África, superando a África do Sul no ano passado.

De acordo com o texto da Time, redigido pelo cantor e filantropista Bono, Ngozi fez parte da luta pelo cancelamento da dívida da Guerra Fria por parte dos países mais pobres e endividados. No mesmo texto, Bono diz: “...[Ngozi] tem um dos trabalhos mais difíceis do planeta - como garantir que as dezenas de bilhões de dólares ganhos a cada ano em receitas de petróleo entrem em uso produtivo, como na agricultura, na infra-estrutura , na saúde e na educação. Ngozi tornou a corrupção sua inimiga e a estabilidade, seu objetivo. Ela é extremamente inteligente; todo mundo quer trabalhar com ela”.




4-Anat Admati

Anat ministra aulas na Universidade de Standford e tem escrito sobre a disseminação de informação nos mercados financeiros, mecanismos de negociação, gerenciamento de portfólio, contratação financeira, e, mais recentemente, sobre a governança corporativa. Além disso, já foi nomeada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo e, segundo a revista Foreign Policy, está entre os 100 pensadores globais em 2014.

Junto com Martin Hellwig, escreveu “The Banker’s New Clothes”, que questiona as divulgações de Wall Street na tentativa de evitar que suas ações fossem questionadas após a crise de 2008.





5-Mônica de Bolle

Representante brasileira de nossa lista, Mônica é PhD em Economia pela London School of Economics, professora de Macroeconomia na PUC-Rio e diretora no Instituto de Estudos de Políticas Econômicas (IEPE). Além disso, já escreveu diversos livros sobre os desafios das políticas brasileiras e escreve regularmente para os jornais “O Globo” e “O Estado de São Paulo”.

Durante sua carreira, Mônica chefiou a área de Pesquisa Macroeconômica Internacional do BBM, trabalhou no FMI entre 2000 e 2005 e teve envolvimento direto e indireto na resolução de crises como a Argentina e Uruguaia.





Ao longo dos anos, a tendência é que as mulheres conquistem cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, consequentemente, no cenário econômico. A torcida é para que, como aconteceu com Janet Yellen, as pessoas não se impressionem mais com as mulheres assumindo cargos de liderança e representatividade - serão notícias naturais e muito bem recebidas.


*Graduanda de Economia na UFF 


Texto Original: http://nucleoeconomicooc.blogspot.com.br/2015/03/uma-homenagem-as-mulheres-economistas.html